amo-te
quinta-feira, 4 de março de 2010
sem título.
Gosto muito mais assim. Sem título. Mesmo assim. Desta maneira. Gosto desta força que ainda me mantém a ti, deste calor corporal que ainda me consome, cada vez mais. Gosto mesmo. Não de outra maneira, não daquelas vezes em que o teu perfume não consegue contracenar com o meu ou quando me foges das mãos. Essas vezes em que o futuro fica incerto e eu nunca sei se voltas a vir. Não quero essas partes. Não gosto. Quero-to sempre assim. Desta maneira. Como só eu gosto. E ainda mais próximo, ainda mais. Não só isto. Porque quero mais, muito mais. Gosto quando os minutos passam assim contigo, quando não és aquilo que dizes ser. Quando és muito melhor, como quando és tu, mesmo tu. Gosto quando não consigo parar de te olhar, quando já não consigo descrever o que vejo, quando é o teu sorriso o movimento de lábios mais lindo do mundo, o teu olhar em que me perco. Gosto quando é o cheiro da tua força que sinto. Quando tenho medo de sintetizar muito aquilo que és. Porque não podes ser sintetizado, és grande de mais. Bom de mais. Gosto quando o meu olhar já não quer mais nada, só o teu. Quando as minhas palavras já não saem para mais ninguém, só para ti. Quando o meu corpo já respira o ar que saboreias. Gosto quando a minha vontade é levada ao limite, quando te consigo ver assim. Como és. Como quando consigo distinguir cada traço da tua figura, quando me deixas desnorteada, ou mesmo quando mexo no cabelo para não veres como fico. Porque fico bem demais, e a minha respiração altera-se. Podes senti-la. Ela altera-se. E às vezes até faz partir botões ao meio, às vezes até ganha força suficiente para falar mais alto que eu. Para te poder dizer que és tudo aquilo que quero. Que és o meu, só meu e ainda melhor. Lindo e interminavelmente maravilhoso. Para te dizer que sem o teu cheiro já não consigo ficar bem. Que só quando és tu quem pára o meu destino é que consigo ser quem sou. De uma maneira muito estranha. Diferente da maneira como me comporto quando já não és tu que estás aqui. Mas gosto de ser assim. E gosto de ser uma ciumenta, é muito bom. Agita-me. E faz-me querer chegar mais a ti. Põe-me quente. Num calor que não se confunde, num calor que se emaranha em mim e me destrói a normalidade dos meus olhos. Faz parte. Tudo isto faz parte. E adoro assim. Gosto mesmo, quando me fazes querer perder a noção do tempo, quando me fazes não querer saber das horas para nada. Quando só quero saber de ti, apenas de ti. De ti como és, como devias ser sempre.
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